Riso
Diz-me, sobre este teu riso tão frouxo,
Quanta culpa tenho nele.
E se tenho, é sobre o riso ou a frouxidão?
Este teu riso de amor,
que afaga meu amor, minha dor, meu eu.
É um riso que me esquece, mas não o esqueço.
Um riso que me vê e vê todo o resto do mundo,
Resto que peleja contra o afeto em nosso peito.
É um riso que recita em meu ouvido surdo,
toda e qualquer outra obra tão boa quanto a de um poeta de rua.
Obra, esta, que não é vista em qualquer lugar,
Obra que só é, pra quem é amar.
É o amor que eu mostro, que vendo e que empresto,
O que eu nunca ousaria dar a ti.
Dou-te, sim, o amor que escondo.
Amor este que mal sei onde fica.
Amor este que só ri quando teu riso avista.
Um comentário:
lindo lindo dms *-*
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